1. |
Atirado ao Mar
04:27
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Breve e fugidio,
o amor sempre me foi um desafio
De comportamento arredio,
eu vivi por anos a fio
esperando a sua chegada
O que te atrasou?
Por que você demorou?
Alguém te segurou?
Sem qualquer juízo de valor,
eu só perdi os sentidos
um surto, um arrepio
esmagadoramente suave
bom demais para ser verdade
Amarrado e atirado ao mar,
quais chances eu tenho de não me afogar?
O amor que agora vem me amedrontar
é algo com que eu nem poderia sonhar
E os céus me dizem não, mas de forma inconvicta,
quase sugerindo que eu não desista
Amarrado e atirado ao mar,
quais chances eu tenho?
Por onde você andou?
Por que você demorou?
Obstinado como eu sou,
uma certeza de mim se apossou:
Você é quem eu quero
a salvação que eu espero
há tanto, tanto, tanto tempo
quais chances eu tenho?
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2. |
Gélido, Invernal
03:46
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O laço que se vai,
o elo destruído
O rompimento indesejado,
O desvio no caminho
O alarme soou,
só eu não ouvi
Quanta dor
alguém pode sentir
antes de desabar entorpecido
pela própria dor?
E nunca mais sentir dor?
E não mais sentir dor?
E não sentir dor?
As chances que eu perdi
por autossabotagem
se acumulam na minha consciência
É irreparável, é tarde
O alarme soou,
só eu não ouvi
Quanta dor
alguém pode sentir
antes de desabar entorpecido
pela própria dor?
E nunca mais sentir dor?
E não mais sentir dor?
E não sentir dor?
Gélido, invernal
Sem paz de espírito
Carga descomunal
Que adormeçam meus sentidos
Gélido, invernal
Sem paz de espírito
Carga descomunal
Sozinho eu vou,
Quão sozinho eu sou?
Qual é a palavra
que melhor se encaixa aqui?
Esmagadora a culpa, a vergonha
A que eu me submeti
O alarme soou,
só eu não ouvi
Quanta dor
alguém pode sentir
antes de desabar entorpecido
pela própria dor?
E nunca mais sentir dor?
E não mais sentir dor?
E não sentir dor?
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3. |
A Recusa, A Renúncia
02:11
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Faz tanto tempo, faz tanto tempo
Tanta gente que se foi, de quem eu ainda me lembro
E eu que achava que não ia mais me deixar enganar,
Eu jurei pra mim mesmo que não ia mais me deixar enganar
Faz tanto tempo, faz tanto tempo
Ninguém é imune ao envelhecimento
Das coisas que eu perdi ou de que eu me tornei incapaz,
O que eu mais sinto falta é aquele antigo brilho no olhar
Você queria essa vida ou só se acomodou?
Você curou as feridas ou só se acostumou a sofrer?
São perguntas que eu nem sei se tenho forças para responder
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4. |
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Transforme em algo útil a minha dor,
converta em algo belo a minha dor
Me tira o mal que me paralisou,
transforme em algo útil a minha dor
Há muito que eu me enxergo sonâmbulo, semi desperto
Quando eu vou acordar?
Sob o céu encoberto, isolamento, ninguém por perto
Quando eu vou acordar?
A fuga nunca leva à cura,
palavras de precisão cirúrgica
Quando eu vou acordar?
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Jair Naves São Paulo, Brazil
Singer-songwriter
São Paulo/Los Angeles.
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